Lendo ao livro Medo e Delírio em Las Vegas do 'meu' mais novo conhecido e loucão Hunter Thompson, frustrei-me um pouco. O que mesmo assim deixou confusas e boas reflexões.
O cara é louco e é avesso ao mundo. Contraditório a muita coisa podre (ou não) parece querer fugir de tudo com o ápice do psicodelismo alcançado...
O fato é que ele viaja com um amigo em um conversível vermelho lotado de drogas em busca ao Sonho Americano. Nos anos 60, ápice dos hippies. Mas o que mostra é a parte podre, e não a utopia que eu esperava ver.
O que mesmo assim não deixa de ser um ótimo livro que eu devorei em uma semana com momentos de gosto amargo na boca e com momentos de fascínio.
Bastava as coisas apertarem um pouco e ele precisava "relaxar", fugir da situação com os entorpecentes.
Fugir...
Há tantas coisas que dá vontade de fugir, tantos medos e repulsas.
Tantas pessoas que gostaríamos que ela mesmo cometesse a fuga de nossas vidas.
Fugir das situações que não dominamos, fugir das pessoas que não dominamos (e que tanto desejo de domínio é este?), fugir daquela obrigação que as vezes cansa, fugir da culpa, fugir da explosão gritante, fugir do auto-escravismo.
Fácil seria e muito sem graça se desse pra fugir disso tudo.
Mas não há como fugir, e as vezes sinto o presente como numa jaula enorme e o passado e o futuro não, eu era e serei livre.
terça-feira, 16 de outubro de 2007
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