As cortinas do espetáculo não fecham. E lá estamos NÓS, servindo de troça para a platéia. Do palco enxergamos o Senado, o nosso atual governo do Rio Grande do Sul e o comandante do poder executivo da cidade do Rio Grande (vulgo prefeito) – que permite o abuso da empresa privada Noiva do Mar para com os cidadãos.
Os risos não param. Conseguem rir do número abusivo de 181 diretores do Senado para apenas os 81 senadores e de todo o dinheiro gasto com essa parafernália que não nos é repassado. E o nosso governo do Estado também acha graça de uma atração que já é antiga – a obra na RS 734 (vulgo “estrada do inferno” que liga Rio Grande ao Cassino) que não é sinalizada, iluminada e muito menos concluída.
Para a politicagem (e não para os políticos) o espetáculo tem que continuar até mesmo fora dos palcos. Há engano nosso quando nós - os palhaços - queremos usufruir dos transportes coletivos e pensamos estar fora de cena: parte da platéia ainda continua a rir. E dessa vez a atração é mais próxima do cotidiano do que notamos: que comandante do poder executivo é esse, que privilegia uma empresa privada de transportes coletivos que não é ética com – como somos chamados em épocas de eleições – o “querido povo”? “Noivinha” que não respeita o bolso, a paciência, o horário e os direitos do cidadão. “Noivinha” que recebe o direito de mudar o itinerário das linhas sem aviso prévio (motivo: Festa do Mar, mas festejar o quê?!) – como aconteceu hoje (23/03/09). Vários estudantes, entre eles crianças, de estômago vazio aguardaram 40 minutos pela linha Parque São Pedro de passe escolar. Mas o pior é que não toleramos “apenas” isso. Ônibus velhos, lotados, atrasados, adiantados demais... Engolimos tudo pelo preço injusto de R$ 2,05.
Até quando o espetáculo de gozação? Quando vamos tirar esse nariz vermelho e estes sapatos gigantes? Quando vamos, realmente, ser tratados como cidadão de direitos, cidadão que trabalha, estuda e paga? As cortinas precisam fechar, porque já está perdendo a graça.
segunda-feira, 23 de março de 2009
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2 comentários:
Bom! Bom que és poeta (poetisa - n quis usar essa palavra pq soa mto formal, e com certeza imaginarias um homem - ou uma mulher- com as calças lá nos ombros, um óculos gigante no rosto, sério, de olhar fixo na tela de um computador e com aquela postura q pode ser a correta, mas que passa uma sensação de desconforto total a qm vê..)<--(parênteses curto ;])... bom que és poeta e... n encontro a palavra... crítica?! ou talvez, uma guria inteligente que olha e atenta p/ aqueles do nosso lado?
Bueno, convivo com pessoas que deveriam ser assim, mas n são nem a metade do que tu és. Pior do que me sentir sozinho na profissão (futura profissão =]) é sentir que os demais ficarão sozinhos, e isso me preocupa. Já falei no outro comentário que sempre fico com um sorriso largo qd entro aqui no teu blog. Hj n foi diferente.
Com todo respeito, Jéssyca, e pedindo pra q n leves pro lado "tem um admirador secreto q entra no meu blog e fica de blábláblá" (isso é a coisa que menos quero q tu penses, tanto é assim q nunca vou falar qm eu sou- e isso eu juro),tu és daquelas, e das poucas- das únicas?- que podia acontecer uma daquelas coisas do tipo: ficar careca, engordar uns 200 quilos... (desculpa pelo exemplo prático demais p/ contexto ;]) que continuaria linda. Juro q tu n és um amor platônico meu(é um amor de guria, isso eu tenho certeza) mas é que qd penso, dpois de dias cheios, nos quais acompanho tanta desgraça, tanta tristeza, tanto problema, e me lembro que tu existe, é como se tirassem um peso gigante das minhas costas. Tranquilidade. Aquela sensação que nos dá qd enconstamos a cabeça no travesseiro e começamos a pensar só em coisas boas, sabe?!
Confio em ti, poeta. Poetiza.
Guria que tem esperança nos olhos, e dá esperança com as palavras.
Um grande sorriso,
Anônimo do posto de 10/02/2009.
Oi! Quem é?
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