quinta-feira, 7 de agosto de 2008

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Cresce-se acreditando em fantasias, naquele coelho branco que deixava pegadas da janela ao quarto, no presente que o velhinho barbudo deixou embaixo da árvore com bolas coloridas; que quando ser grande se pode fazer tudo.
Vive-se a pré-adolescencia acreditando que o amor é perfeito, que aceita tudo e tem uma eterna estabilidade e paixão.
Chega-se em uma fase onde tudo é duvidoso e tudo é descoberta, até que em algum momento...
Anda-se com medo nas ruas e virando o pescoço para todos os lados. Medo do rapaz mal-encarado, da rua escura... Aceita-se a entregar o celular, antes ele do que eu.
Vive-se abrindo mão de pequenos sonhos, aceitando que sacrifícios tem que serem feitos, afinal já se está ficando "grande" e os pequenos sonhos que eram grandes pra nós, ficarão pequenos perto do trabalho, da escola, do dinheiro e do futuro.
Dança-se e esquece-se dos problemas, mas após lembra-se dos afazeres e o tempo some.

Sonha-se com uma vida longe da rotina vulgar, mas no fim ela sempre chama.

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