Tia, mãe, avó e neta sentadas na cozinha após o café da tarde e então no meio de conversas surgem o debate de mimar, de que o primeiro filho foi diferente e era mais responsável enquanto que o segundo é avoado e mais infantil... "Mas a educação que deram foi diferente! Veja só como o segundo teve as coisas nas mãos, veja como ele passou mais tempo longe dos pais e...", "Mas não adianta, ele nasceu assim, ele é assim, a gente sabe que é...".
O filósofo Jean Jacques Rousseau, acreditava que todo o homem nasce naturalmente bom, mas que a sociedade o corrompe. Nascer naturalmente "bom", acredito, que é nascer como uma massa de argila mole, pronto para ser moldado, pois não há um ser perfeito, todos vão ser diferentes porque todos vivem dentro de um contexto de vida diferente. O rompimento que a sociedade faz no homem é como o homem recebe o que enviam a ele, como ele age em relação à maneira que é criado e então se é isto o que penso é porque há uma essência já pronta dentro do ser não importando se é boa ou não, essa essência existe e é como uma argila mole, nós podemos moldá-la e formar o que quisermos, mas o material que a peça será feita não mudará, será a mesma. O molde é essencial e pensar que "não adianta mudá-lo, olha que bonitinho, que gênio forte ele tem... Nasceu um danado e está quebrando o brinquedinho!", é comodismo, comodismo de não querer moldar, de não querer ajeitar e de não querer magoar, de não querer dizer não, de não querer dizer sim.
Acredito que a sociedade corrompe sim, e corrompe com aspectos positivos e negativos, ninguém vive em uma sala trancado sem contato com pessoas, as informações chegam, as coisas mudam, as pessoas mudam, mas eu acredito que elas mudam e continuam de alguma maneira as mesmas, pois a verdadeira essência de um ser nem ele mesmo sabe, mas ela continua escondida e ela continua ali e está sempre disposta pra ser moldada pra melhor ou não... Mas não mudada.
domingo, 23 de março de 2008
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Um comentário:
Criasse uma confusão aqui na minha cabeça..
eu já tinha pensado nisso sim, mas não com essa metáfora de argila.. e agora fiquei pensando e confundiu mais ainda. Seria a chamada índole uma essência? Acho que nessa metáfora da argila, uma índole nao mudaria.. será que não muda? nao sei..
muito bom o texto!
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